sábado, setembro 29, 2012

Comes e bebes

Ok, eu sei que a ideia era atualizar esse blog pelo menos uma vez por semana, mas a coisa não tá fácil, galera. As aulas vieram e trouxeram uma porrada de leituras, trabalhos e etc. Fora isso, é preciso aproveitar a viagem, porque né, estou em NY, afinal de contas.

Sem mais desculpas, aqui vou eu falar mais um pouco das coisas daqui. Serei breve. Comida e festa. Dois pontos muito importantes, certo?

Comida: É ruim. Gente, sério. Ruim. É frito, é apimentado, é estranho. Sem arroz e feijão, sem polenta com queijo, sem carreteiro com tomate. Churrasco aqui, nem pensar. É verdade que não dá pra reclamar do Montigoris (o refeitório onde a gente come todos os dias) porque a variedade de comida é grande mesmo (das porcarias de fast-food à comida normal, saladas, sanduíches, pizza... até sorvete tem em todos os dias) só que é preciso dizer que tem que estar com o paladar disposto à adaptação. O gosto de tudo é diferente. Ainda que pareça arroz, não tem gosto de arroz. Pelo menos sempre tem uma opção pra mudar o cardápio. Eu tenho comido peixe quase todos os dias, muitas verduras e legumes... mas né, quem resiste à fatia de pizza ou ao hamburger vez que outra?

prato que o Luciano montou, dia desses.
A sobremesa lá no fundo era dele tbm!

ok que torre de chocolate não é todo dia,
mas já rolou numa noite lá.


e esse é um pedacinho do restaurante. No andar de cima tem mais mesas,
com aqueles sofás maneiros, e outra sala com poltronas, tv e tudo mais.

Festas: costumam terminar entre 3am e 4am. Sim, nada de festa até amanhecer - não nos bares que nós fomos. Um dos lugares mais simpáticos para dar uma volta na sexta a noite é Williamsburg, que fica no Brobroklyn. A atmosfera de lá é muito mais alternativa que a de Manhattan e tem uns bares muito legais. Sem falar que o custo-benefício de lá também é beeeem melhor. Ok, não escondo minha predileção por Williamsburg, mas eu aposto que vocês concordariam comigo se fossem pra lá. Fico devendo uma foto.

No próximo post eu falo mais sobre todo o resto. E ah, sim, aguardem os relatos sobre os encontros com Green Day e The Killers (o máximo!).

Até mais!


quinta-feira, setembro 06, 2012

Dias daqui

Então os passeios são ótimos, a galera é muito legal e tudo aqui vale muito a pena. A experiência dos sonhos, sem dúvida. Mas claro, nem tudo são flores. As aulas começaram. E com elas, as dificuldades com o inglês começaram a ficar mais claras.

Até aqui estava tudo bem. Mas isso foi antes de assistir aulas com professores acostumados a falar para um monte de alunos americanos, falantes do inglês, e ter de decifrar as palavras que eles falam com entonação e velocidade bem diferentes do que tu estava habituada. Como quando a gente fala tão rápido em português e pouca gente entende, sabe? Mesma coisa, só que em inglês. Só que no caso, na sala de aula, parece que eu sou a única que não entende. Sim, foi um dia difícil.

Já na primeira aula aparecem os trabalhos de casa. Papers. Leituras. Muitas leituras. Muitos livros (e livros caros). Muita discussão em sala. O professor pede participação o tempo todo - e esteja preparado para participar porque ele vai continuar te chamando e esperando que tu tenhas algo de construtivo para dizer. E ele está certo nesse estímulo; o problema é quando tu perdeu o começo do raciocínio, ele acelerou a fala, alterou o tom e te olha esperando uma resposta para a pergunta que ele acabou de lançar. E daí tu gagueja, sai pela tangente, fica sem graça. Cara, foi um dia difícil.


Então a experiência é ótima. E tudo que está acontecendo de bom aqui é bom mesmo. Mas sabe, tem dias difíceis sim. Com sorte, eles vão ficando mais fáceis com o passar do tempo.

sábado, agosto 25, 2012

Finalmente - e oficialmente: New York, New York.

Cara, cheguei em NY. E sabe, acho que a ficha tá meio trancada... eu definitivamente não entendi exatamente o que está acontecendo. Mas até que é bom, porque as coisas estão vindo uma de cada vez pra consciência... Então, é. Estou aqui. E agora?

Agora a vida recomeça.

A parte boa foi ter encontrado pessoas aqui com quem poderei contar. Os brasileiros que vieram, cada um de um lado do Brasil, são pessoas incríveis. Em uma semana (menos, até) já criamos laços e começamos a cultivar amizades. Entre nós, nos sentimos em casa. Depois que nos encontramos, aquele medinho de não conseguir se virar, ou aquela falta de convicção de que tudo sairia melhor do que o esperado, se foi. Além dos fellows brasileiros, eu tive a sorte de encontrar advisors muito legais; gente disposta a ajudar mesmo, gente simpática e gente que entende que tu não és daqui. A parte boa é que eu percebi que sou uma guria de sorte.

Bruno, Nati, Luciano, Gustavo, Jéssica, Óliver e eu,
nas escadas da Times Square. (faltaram mais 3 na foto)

Agora a vida vai seguir adiante.

E seguir adiante significa não ficar preso em lugar nenhum (seja dentro o fora da gente). Já passeamos pela Times Square e os planos envolvem o Central Park num futuro muito próximo. Comecei a esvaziar o coração de alguns sentimentos meio capengas e não quero saber deles tão cedo. Teremos um ano inteiro para aproveitar tanto a Saint John's University quanto New York. A universidade é linda, e tem uma estrutura fantástica. A cidade... bem a cidade é New York, ou seja, é inacreditável. Muitos museus a serem visitados, muitas praças a serem descobertas, muitas ruas por onde caminhar, muitas pessoas de todo canto do mundo... Muito de tudo mesmo, e de repente um ano - que recém está começando - parece que não vai conseguir dar conta.

Mas vamos lá. A vida tá seguindo em frente.
Eu 'tou indo junto.



sábado, agosto 18, 2012

Trato

Véspera de viagem, malas [quase] prontas, abraços de despedida e votos de felicidade. Foram dias intensos, chorosos mas felizes. E se ontem já foi difícil dormir, hoje eu talvez nem tente. Verdade seja dita: meu coração está na boca.

Acontece, então, que tá na hora de deixar de ser menina. Deixar medos e receios em casa e levar as malas cheias de roupas e coragem. Muita coragem, eu diria. Muita vontade de fazer tudo dar muito certo. E vai dar. Vai, né?


Ano que vem tu me olha os olhos e diz se deu certo. Porque me disseram uma vez que eles eram tristes. Não vou trazê-los tristes de volta. Daí ano que vem tu me olha e diz que deu certo.

Combinado?
Até a volta.

terça-feira, julho 24, 2012

Sem bolha e sem zona

Até aqui, a minha vida toda foi construída em cima de um objetivo: poder experimentar a vida real longe da zona de conforto. Pois bem, finalmente aqui vou eu. E acredite, passar a vida inteira querendo alguma coisa não significa que tu vais estar preparado pra essa coisa quando ela resolver acontecer; mas saiba que ela vai acontecer e não vai ficar esperando. Eu 'tou com medo, claro. Mas quanto tempo até essa porta abrir de novo? Pois bem, aqui vou eu.

De repente a bolha que eu vivia estourou. De repente a zona de conforto se desfez e agora tem um mundo de verdade esperando por mim, logo ali. De repente mesmo.

De Canoas e Porto Alegre para New York e todos outros cantos eu puder alcançar. De repente, mundo.

***

Esse blog vai ser dedicado às experiências vividas lá. Muitas vezes vai funcionar mais como um diário mesmo (para que a minha mãe saiba que eu 'tou viva e que o meu pai não ache que eu vou sumir no mundo), então entendam se houver posts sobre comidas, passeios e sobre os cachorros que passaram por mim no Central Park. E posts com fotos tipo turista. Ou só fotos. Outros devaneios vão continuar sendo postados n'O Inacreditável Mundo, que desde 2008 tem recebido minhas crises sem reclamar.

Pretendo poder atualizar esse blog pelo menos uma vez por semana, enquanto que O Inacreditável Mundo vai continuar acumulando minhas loucuras sempre que eu precisar descarregar. Visitem meus cantos e deixem seus recados quando quiserem, que eu vou adorar ouvir as palavras que vêm daqui.

Dia 19 de agosto meu mundo se transforma. Pois bem, aqui vou eu.


 
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